sexta-feira, 16 de outubro de 2009

CENTRO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA

Utilidade Pública - Lei 910, de 04/02/1966.
Assembléia Legislativa do Estado da Guanabara
Reg. Nº. 01, em 13/12/1968, no Conselho Federal de Cultura.
CBA ON-LINE

Informativo Nº. 004 - Rio de Janeiro, 12//10/2009.

EDITORIAL


ARQUEÓLOGOS E PALEONTÓLOGOS Ainda resta muita confusão quando se trata da diferenciação entre essas duas ciências. A noticia publicada pelo jornal Ciência Hoje, reproduzida neste Informativo, ilustra essa questão. A Paleontologia, por definição, aborda os fósseis animais e vegetais encontrados nas rochas. Ao estudar um fóssil, o paleontólogo descreve o material e busca a sua classificação sistemática. A seguir, tece considerações sobre a origem, idade, aspectos da fossilização, tafonomia etc. A Arqueologia aborda o homem através dos vestígios encontrados em sítios arqueológicos A Paleontologia se ocupa dos restos de animais e vegetais, enquanto a Arqueologia se ocupa dos vestígios da presença do homem. Os sambaquis, por exemplo, são estudados pelos arqueólogos e os dinossauros, por sua vez, são estudados pelos paleontólogos. A Arqueologia está limitada à era cenozóica, mais especificamente ao período Quaternário. A Paleontologia não tem limites, sendo, em tese, todo o tempo geológico seu campo de pesquisa, das mais antigas rochas até as mais recentes.
Certamente, há uma ligação entre as duas ciências. Isso acontece com a Paleontologia Humana, que utiliza a metodologia da Paleontologia na investigação de fósseis humanos. Neste caso, o objeto de estudo é o mesmo mas a metodologia faz a diferença.

CURTINHAS

* Arqueologia de Paisagem e Geoarqueologia.

Entre os dias 9 e 10 de Outubro, , no Museu Nacional de Arqueologia, aconteceu o Encontro de Arqueologia de Paisagem e Geoarqueologia.
Para mais informações: cpgp@clix.pt
* Conselho de Antiguidades do Egito,
"Dr. Sa'id Thabet convidado do Conselho de Antiguidades do Egito, e pelo ministro da Cultura, para intensificar os esforços nos domínios da história do Egito Antigo e da arqueologia.Leia mais - http://joaodeca.blogspot.com/

* Gabinete de Comunicação de Braga, Portugal.De acordo com o Gabinete Municipal de Arqueologia, são várias estruturas correspondentes a um edifício privado construído no século I d.C. e cuja ocupação sobreviveu até ao século V d.C. Município de Braga -
Leia mais http://municipiobraga.blogspot.com/

* Sociologia e Vida "Os exploradores de hoje são bem diferentes daqueles que escreveram a história da arqueologia até a 1ª metade do século 20. Agora eles têm outro foco. Em vez de poderosos governantes, cidades perdidas, tesouros mesopotâmicos e tumbas ..." ver mais no linkSociologia e Vida - Leia mais http://sociologiavida.blogspot.com/
* Egito exige devolução de peças
Cairo - O Egito decidiu "cessar toda a cooperação " arqueológica com o museu francês de Louvre enquanto não restituírem as peças roubadas numa das tumbas de ...

* Exposição
Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP promove a exposição Beleza e Saber – plumaria Indígena, que fica em cartaz até 29 de novembro. ...

* Palinologia
Importância da palinologia da Lagoa do Saloio na reconstrução paleoecológica da mata do Valado de Frades, Portugal. Mais detalhes(sandra.gomes@ineti.pt)
* Nova descoberta no Amapá
Amapa descobre um novo sítio.O sítio arqueológico foi descoberto durante construção de escola no Amapá.

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2009.
Vai do dia 19 ao dia 25 de outubro a SNCT de 2009.O CBA partcipa com atividades em Niterói em parceria com o DRM.
NOTICIAS DIVERSAS
Fundação aponta 93 monumentos em perigo no mundo
NOVA YORK, EUA — Cerca de 93 monumentos correm sérios riscos no mundo. A fundação independente World Monuments Fund (WMF) apresentou nesta terça-feira em Nova York seu relatório bianual, elaborado por um painel internacional de especialistas em arqueologia, arquitetura e história da arte. A ideia é identificar locais onde monumentos históricos correm riscos de preservação, levando o problema para a opinião pública e ajudando a proteger pontos ameaçados por negligência, vandalismo ou conflitos. O relatório cita ao todo 93 locais em 47 países - nove deles na América Latina e no Caribe.

Equipe de fundtur destaca revelância de Seminário

Animados. Assim voltaram a diretora da Fundação de Turismo de Aquidauana, Lusiane Fredrich Queiroz e o diretor do Núcleo de Políticas, Programas e Projetos para o Desenvolvimento do Turismo do mesmo órgão, Francisco Maciel de Castro, que participaram na capital, do Seminário Patrimônio e Desenvolvimento Local, realizado pela Embaixada da Espanha, através do seu Departamento Cultural, com apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Governo do Estado, Prefeitura Municipal de Aquidauana, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Museu da Cultura Dom Bosco.
O evento teve uma série de palestras e uma visita técnica ao sítio arqueológico de Santiago de Xerez, em Aquidauana, conduzida pelo prof. Dr. Gilson Martins, da UFMS, pesquisador do Laboratório de Arqueologia da Universidade. Gilson deu uma aula de campo sobre a existência do povoado de Xerez, no período do final do século XVI e início do século XVII. Os presentes puderam verificar os vestígios arqueológicos que se encontram no local, inclusive vendo “in loco” o local onde foram realizadas as últimas escavações.
Nas palestras foram apresentados temas relativos aos patrimônios cultural e natural, e sua vinculação com o desenvolvimento local. Cada palestrante apresentou estudos de casos sobre trabalhos que desenvolvem ou desenvolveram. Maria Regina Weissheiner, do IPHAN de Santa Catarina, falou sobre turismo cultural e mostrou sua experiência desenvolvida na região da rota da imigração, naquele Estado. O argentino radicado na Espanha, Marcelo Martin, falou da importância de se interpretar o patrimônio para se organizar um planejamento turístico que gere desenvolvimento local.
O representante do Ministério de Turismo, Ricardo Moesch, e a representante da Fundação de Turismo do MS, Adelaine Lima, expuseram o papel e ações de seus órgãos, visando o desenvolvimento do turismo do Brasil e em MS. O programa de Reorganização do Turismo e o Planejamento Estratégico foi o tema de debate, com plenária. Já no terceiro dia do evento, o professor Antonio Teodorovicz, geólogo, ressaltou a importância do patrimônio natural e sua vinculação com a atividade do turismo.
Também apresentou seus trabalhos o arqueólogo Eduardo Zanettini, que atua na região da missão de São Miguel, no Rio Grande do Sul, destacando ainda as descobertas sobre as cidades hispano-americanas instaladas no Paraná e Mato Grosso do Sul. Finalizando sua exposição destacou descobertas do povoado de Canudos. As descobertas na Serra da Capivara, no Piauí, foram compartilhadas pela Prof. Rosa Trakalo. Finalizando o rico programa o Sr. La Pastina, do IPHAN do Paraná, destacou a importância do patrimônio arqueológico para o desenvolvimento do turismo cultural.
“Diante dos temas apresentados e discutidos, em mesas redondas, verificamos que o nosso município pode se beneficiar muito com a interpretação e valorização dos patrimônios cultural e natural, utilizando-os num processo de planejamento local, visando o desenvolvimento amplo, envolvendo todos os atores envolvidos, ou seja, comunidade local, empreendedores e poder público”, observa Francisco Maciel.

Fonte: ACS/AQUIDAUANA
Sítio Hatahara pode ser museu arqueológico ao ar livre
Manaus - O sítio arqueológico conhecido como Hatahara, situado no Município de Iranduba, a 25 quilômetros de Manaus, poderá virar o primeiro museu arqueológico a céu aberto do País. A informação foi divulgada hoje pelo Jornal A Críticia. O anteprojeto de musealização do sítio arqueológico foi apresentado pela doutoranda em arqueologia pela Universidade de São Paulo Adriana Meinking Guimarães, na sede do Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). De acordo com o superintendente no Amazonas do Iphan, Juliano Valente, diferente do museu comum que expõe coleções diversas em uma sala fechada, o museu arqueológico de Hatahara propõe levar as pessoas ao local das escavações por meio dos seiscentos metros de uma trilha. No sítio, situado em área urbana do Município de Iranduba, dentro do terreno de uma empresa de pisos, os arqueólogos encontraram a presença de vestígios que correspondem a pelo menos quatro fases arqueológicas.
Projeto Baixo Amazonas tem prazo prorrogado
Brasília - O Ministério da Ciência e Tecnologia prorrogou por mais dois anos as autorizações para que a Universidade Federal do Pará (Ufpa) prossiga com as pesquisas do Projeto Baixo Amazonas - Curso Intensivo de Campo em Arqueologia Ambiental. A portaria está no Diário Oficial da União de hoje (7).
A pesquisa é realizada no estado do Pará, em parceria com cientistas da University of Illinois, de Chicago, da University of Montana, de Missouri, e do Departmant of Constitucional Affairs, da Inglaterra. A portaria prorroga também a autorização para a permanência no Brasil de sete cientistas norte-americanos e um inglês que participam do projeto.
Outra portaria autoriza a inclusão de 36 cientistas estrangeiros na pesquisa Resposta das Águas de Superfície e Intermediárias do Atlântico Tropical às Mudanças da Circulação da Contra Corrente Meridional do Atlântico.
O projeto de investigação científica em águas brasileiras é realizado em parceria com a Universidade de Bergen, da Noruega, e conta com a participação de cientistas franceses, belgas, noruegueses, alemães, britânicos e holandeses. (Fonte: Agência Brasil ).
Parque do anel verde em Lagos, Portugal é exemplo de empreendimento bem sucedido.
Em Novembro e Dezembro começam as fases de arquitectura e de especialidade, como o ar condicionado e a ventilação. Neste caso, a relevância arqueológica condicionou as obras, mas acabará por ser uma mais-valia para o resultado final. «Para preservar a memória histórica do antigo hospital da gafaria, encontrado durante os trabalhos arqueológicos, foi feita uma alteração ao projecto de arranjos exteriores no sentido de manter algumas das suas estruturas», revelou ao «barlavento» Carlos Albuquerque. No futuro, os usuários vão poder ainda encontrar uma placa com informações sobre o antigo hospital para leprosos do século XV, então situado na periferia da cidade. A importância dos achados «obrigou a que tivéssemos equipas de arqueologia, antropologia, medicina, sociologia, economia e história para contextualizar o conjunto, que vem enriquecer o património histórico», sublinhou ainda. Isto mostra que nem sempre a arqueologia é um entrave, desde que o planeamento da obra seja rigoroso e que haja uma boa relação entre os arqueólogos e o empreiteiro.Fonte- O «barlavento» periódico do Algarve.
Congresso sobre perícia forense na Paraíba
Campo Grande (MS) – Arqueologia Forense foi tema de abertura dos trabalhos no penúltimo dia de atividades dos congressos que aconteceram desde domingo (4), em João Pessoa, na Paraíba. Cerca de 15 peritos criminais da Coordenadoria Geral de Perícias (CGP), estão participando do III Congresso dos Dirigentes Gerais, do III Congresso Nacional de Criminalística e do III Congresso Internacional de Perícia Criminal.
Estima-se que 500 profissionais de perícia forense das 26 unidades da federação mais o Distrito Federal, e de países da África, Europa, América do Norte e América do Sul participam dos congressos realizados pela Associação Brasileira de Criminalística (ABC), com o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e o Estado da Paraíba.
Também participam professores universitários e uma equipe técnica do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), conforme parceria com o Ministério da Justiça (MJ). A organização do evento estima a participação de 1.500 pessoas, do total, 106 são palestrantes e painelistas, sendo 16 estrangeiros.
Os eventos contam com dezenas de apresentações e mesas-redondas, todos divididos em um auditório (central), um salão e mais duas salas. A programação traz várias especialidades forenses como Local de Crime, Balística, Documentoscopia, DNA, Fonética, Entomologia, Odontologia Legal, Acidentes de Trânsito, Papiloscopia, Metrologia, Redação Científica e Oficial, Crimes de Informática, Arqueologia Forense, Reprodução Simulada e Animação Gráfica, Toxicologia, Química Forense, dentre outras. De Mato Grosso do Sul, a comitiva é composta pela coordenadora Geral de Perícias, Ceres Ione de Oliveira Maksoud; diretor do Instituto de Criminalística (IC), Orivaldo José da Silva Júnior; diretora do Instituo de Análises Laboratoriais, Josemirtes Prado da Silva; e os peritos criminais Thelma da Silva Conceição; Rosely de Miranda Bispo; Nelson Firmino Junior; Emerson Lopes dos Reis; Rosilene Cristaldo; Maria Edna Tomassini Pleutin, Maria Cristina Fabris, Roque Arrivabene, Milton Cesar Fúrio e Adriana Valéria Arruda de Medeiros.


Arqueólogos amadores acham maiores pegadas de dinossauro do mundo (comentário no editorial).JC e-mail 3864, de 07 de Outubro de 2009.
Rastro descoberto na França foi deixado por animais de até 40 toneladas
Uma dupla de caçadores amadores de fósseis da França descobriu o que se acredita serem as maiores pegadas de dinossauro já encontradas no mundo. A descoberta de Marie-Helène Marcaud e Patrice Landry, no vilarejo de Plagne, perto de Lyon, em abril, foi confirmada na terça-feira (6) por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês).
Segundo os cientistas, as pegadas se estendem por uma distância de centenas de metros e foram deixadas por saurópodes - herbívoros gigantes de pescoço comprido. "Vamos fazer mais escavações nos próximos anos e esperamos que elas revelem que o sítio arqueológico de Plagne é um dos maiores do tipo no mundo", disse Jean-Michel Mazin, pesquisador do CNRS.
Os cientistas informaram que as pegadas têm formas circulares com diâmetros que variam de 1,2 metro a 1,5 metro, o que significa que foram deixadas por animais de até 40 toneladas, e com mais de 25 metros de comprimento.
As bordas das pegadas têm um sedimento calcáreo, que data do período Jurássico (há cerca de 150 milhões de anos), quando a região era coberta por um mar morno e raso.
Apesar de o rastro ter sido deixado por animais gigantescos, eles não foram os maiores dinossauros já conhecidos.
Alguns cientistas acreditam que o Amphicoelias fragilimus, também da família dos saurópodes, pesavam até 122 toneladas e teriam de 40 a 60 mtros de comprimento.(G1, 7/10)

Nota do Boletim Informativo: Há muita confusão quando se trata da diferenciação entre o campo da Arqueologia e o da Paleontologia.

Agenda de eventos
18_novembro_2009_Annual General Meeting 2009 - Microfossils and Evolution
21_novembro_2009_Workshop: Dealing with Neolithic Landscapes
19/21novembro 2009_Des climats et des hommes - Glaciologie, climatologie, archéologie, histoire
01/05dezembro _2009_ 6º Simpósio sobre el Margen Ibérico Atlántico
06/09_dezembro _2009_XIV Simpósio Argentino de Paleobotânica e Palinologia
20/24_setembro _2010_X Congreso Argentino de Paleontología y Bioestratigrafía VII Congresso Latinoamericano de Paleontología
27/29_setembro _2010_ GeoMod - Modelling in Geosciences
CENTRO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA

Fundado em 21 de novembro de 1961, o Centro Brasileiro de Arqueologia tem por objetivos congregar estudiosos em Arqueologia, Pré-história e Ciências afins que pretendam desenvolver seus conhecimentos nas mencionadas áreas; promover a realização de cursos especializados referentes aos diversos campos da Arqueologia e Ciências Correlatas, principalmente com relação à Antropologia Biocultural, Ecologia Humana, Paleoecologia Humana e ao Meio Ambiente; realizar estudos, debates, seminários, projetos culturais, encontros etc., nos campos de ensino e pesquisa mencionados, visando realizar levantamentos e pesquisas arqueológicas devidamente autorizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN em conformidade com a Lei Federal 3924 de 26 de julho de 1961.