quinta-feira, 30 de agosto de 2012

J C BRANNER MENTE ET MALLEO PELO BRASIL




PALESTRA 
J C BRANNER MENTE ET MALLEO A SERVIÇO DO BRASIL
CLUBE DE ENGENHARIA DO RIO DE JANEIRO
DIA 18 DE SETEMBRO DE 2012
AUDITÓRIO DO 22 ANDAR A PARTIR DE 18 HORAS







John Casper Branner                                   (*)


Nasceu na cidade de Novo Mercado, Tennessee , onde seu pai era um comerciante. Em 1852, a família foi morar em uma fazenda do, seu avô, uma milha a leste de Dandridge no rio francês Broad. Ele cresceu lá e em uma propriedade adjacente ao que a família se mudou em 1859. Durante a guerra civil, ele estava muito ansioso para se juntar ao exército confederado, e em duas ocasiões deixou a escola com o objetivo de se alistar. Sua idade, no entanto, impediu de ser aceito, ele tinha apenas treze anos.
Em 1865, ele foi para a escola um ano no Novo Mercado e, em 1867, ele passou um ano na Faculdade de Maryville . Ele deixou a instituição em 1868, e em 1869, foi a de Ithaca, Nova York, para participar da Universidade de Cornell . Ele passou um ano naAcademia de Ithaca , e entrou de Cornell, em 1870, no curso chamado clássico.
Em 1874, sem ter completado seus estudos universitários, ele foi pelo caminho da Europa para o Brasil com Charles Hartt Fred , então professor de geologia na Universidade de Cornell. Em 1875, foi feito a assistente no Serviço Geológico do Brasil e permaneceu em que trabalho até que o inquérito foi abolida pelo governo e Professor Hartt morreu. Em 1879, ele aceitou uma posição como engenheiro-assistente e intérprete para a Companhia de Mineração São Cyriaco de Ouro de Boston, e passou um ano perto de Serro, Estado de Minas Gerais, nas regiões de diamantes do Brasil. Em 1881, ele retornou aos Estados Unidos, mas foi enviado de volta à América do Sul por Thomas Edison em busca de uma fibra vegetal para uso em seu então recém-inventado a lâmpada incandescente elétrica.
Em 1882, ele voltou a Universidade de Cornell, completou seus estudos e se formou. Em 1883 a 1885, ele era geólogo topográfico da Geological Survey of Pennsylvania nas regiões antracite, em 1885, depois de receber seu Ph.D. da Universidade de Indiana , foi feito professor de geologia na Universidade de Indiana, um cargo que ocupou até 1891, embora ele estivesse ausente por vários anos. Em 1891, foi nomeado professor de Geologia na Universidade de Stanford. Em 1899 ele dirigiu a expedição Agassiz-Branner para o Brasil.

"'Suas publicações são numerosas e, enquanto a grande maioria são sobre geologia, muitos evidência a amplitude de seus interesses ativos em botânica, entomologia, e outras linhas de ciências naturais. Sua gramática da língua Português (agora em sua quarta edição) cresceu . fora de sua experiência brasileira Sua bibliografia de Argilas e Cerâmica, uma compilação importante, o Como e Por Histórias , uma charmosa coleção de mitos dialeto negro (1921), sua genealogia de Casper Branner da Virgínia e Seus Descendentes , e seu recém-completados, mas ainda tradução inédita do Português do Estabelecimento Alexandre Herculano da Inquisição em Portugal, toda a evidência a sua amplitude de interesses e de sua energia incansável.

(**
PALESTRA 
J C BRANNER MENTE ET MALLEO A SERVIÇO DO BRASIL
CLUBE DE ENGENHARIA DO RIO DE JANEIRO
DIA 18 DE SETEMBRO DE 2012
AUDITÓRIO DO 22 ANDAR A PARTIR DE 18 HORAS

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

São José de Itaborai, Estado do Rio de Janeiro.


ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL E DA PAISAGEM EM SÃO JOSÉ DE ITABORAI, RJ.

FRANCISCO OCTAVIO BEZERRA
Centro Brasileiro de Arqueologia
BENEDICTO HUMBERTO RODRIGUES FRANCISCO
Museu Nacional da UFRJ

Na década de vinte o Sr. Ernesto Coube encontrou na fazenda São José de sua propriedade um
material que julgou tratar-se de caulim. Entregou as amostras ao eng. .Carlos Euler que as enviou


ao Laboratório de Química do Serviço Geológico do Brasil. O resultado foi publicado no
relatório Anual do Diretor de 1928 revelando na verdade tratar-se de calcário de boa qualidade
para fabricação de cimento. 
Foram enviados ao local os engenheiros Ruy de Lima e Silva e
Othon H.Leonardos, os quais fizeram o primeiro estudo geológico do terreno. Verificaram tratarse
de um novo sítio fossilífero. As primeira amostras de fósseis foram extraviadas sendo mais tarde realizada nova coleção pelo engenheiro Luciano Jacques de Moraes sendo enviada para C.
J. Maury nos Estados Unidos da América do Norte que identificou espécies de moluscos ( ver
placa Paleontologia).






 Novas e importantes coleções foram efetuadas nos anos seguintes evidenciando para o mundo a importância científica da pequena bacia sedimentar de São José
de Itaboraí.









Os estudos mostraram também ser viável a explotação do calcário para cimento, uma indústria
ainda incipiente no Brasil, posto que a única fábrica em operação estava localizada em Perus,
São Paulo. A Cia. de Cimento Portland Mauá obteve permissão para explorar a jazida pelo
contrato de 31 de outubro de 1931 assinado e registrado no Tribunal de Contas da união em 18
de novembro de 1932, instalando a fábrica em Guaxindiba, Município de São Gonçalo, servido
por estrada de ferro .Um ramal foi construído até São José para escoamento da matéria prima. A
fábrica de cimento foi inaugurada festivamente com a presença do Presidente Getúlio Dornelles
Vargas, constituindo um importante marco no desenvolvimento industrial do Brasil. Em 1935 a
Cia Mauá obteve o registro de mina (manifesto) na Divisão de Fomento da Produção mineral
em atendimento ao que dispõe o artigo 30 do decreto 24 642 de 1934 tornando obrigatório o
registro das minas em operação no País.
O cimento da fábrica de Guaxindiba foi usado para construções importantes como o Estádio
Mário Filho ( Maracanã ) inaugurado em 1950 para Copa do Mundo de Futebol da FIFA e a
Ponte Presidente Costa e Silva ( Rio-Niterói ). Foi também da Mauá o primeiro saco de cimento
(foto) em pape,l substituindo os antigos recipientes usados para transporte de cimento, feitos de
madeira e depois de pano. A fábrica bateu seguidos recordes de produção em razão da
excelência do calcário de Itaboraí e do volume crescente da reserva medida nos anos seguintes,
chegando a atingira o volume total de até 2 050 700 m³ de minério.
O esgotamento gradativo da reserva de calcário apropriado para cimento, somado à descoberta
de importantes jazidas em Cantagalo, levou ao abandono paulatino da pedreira a partir de 1982 o
que se consumou em 1984, com a retirada das máquinas e o fechamento dos escritórios
localizados em São José. A outrora próspera vila municipal deu lugar a uma espécie de cidade
fantasma, com a saída de moradores e o fechamento quase total do comércio local, fato agravado
pela crise da cultura da laranja, na mesma época atingida por séria doença nos laranjais.
A área original operada pela Cia. Mauá era de 1 34 155 2,50 m² o que corresponde ao terreno
desapropriado pela Prefeitura em 12 de abril de 1990 e que estabelece a área do Parque
Paleontológico conforme o decreto lei de 12 de dezembro de 1995.
A retirada das bombas que impediam o acúmulo de água na cava proporcionou depois de algum
tempo a formação da lagoa artificial de São José que atualmente abastece de água a região
através de uma cooperativa (COPERAGUA).
A ação coordenada inicialmente pelo professor Fausto Luiz de Souza Cunha e depois por um
grupo de professores e pesquisadores apoiados pelo Museu Nacional e pelo DRM levou à
criação do Parque Paleontológico São José, conforme o decreto lei municipal 1346 de 12 de
dezembro de 1995, assinado pelo prefeito João Scolfaro. No ano seguinte foi instituída por
Portaria Municipal a Comissão Gestora do Parque, formada por pesquisadores, representantes
da comunidade e da prefeitura de Itaboraí.





sexta-feira, 24 de agosto de 2012

C.F.HARTT E A GEOLOGIA DO BRASIL


CLUBE DE ENGENHARIA 

DIVISÃO TECNICA DE RECURSOS MINERAIS

Valorização da geologia e o futuro do país






Clube debate a influência de Charles F. 

Hartt no estudo da geologia brasileira






LEIA MATÉRIA COMPLETA NO PORTAL DO CLUBE DE ENGENHARIA

CHARLES F.HARTT E A GEOLOGIA DO BRASIL 








terça-feira, 14 de agosto de 2012

Amigos do patrimônio


Se você, estudante universitário, professor, pesquisador ou simplesmente cidadão apaixonado por HISTÓRIA, PATRIMÔNIO CULTURAL, ARQUEOLOGIA, TURISMO CULTURAL, MEIO AMBIENTE, desejar colaborar com o trabalho do AMIGOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL, envie-nos uma cópia do seu trabalho de pesquisa para compor o nosso acervo bibliográfico. Caso queira denunciar crimes contra o Patrimônio Cultural, entre em contato com o nosso e-mail logo abaixo. Se deseja comunicar ou repassar informações sobre eventos culturais, faça o mesmo. PARTICIPE! Sua colaboração é muito importante para nós e será muito bem-vinda.

Também realizamos periodicamente eventos culturais e passeios históricos-culturais por sítios históricos da Baixada Fluminense. Caso seja do seu interesse em participar, mande-nos seu nome, e-mail e telefones para futuros contatos.

Entre em contato conosco:

(21) 9765-6038 ou 7399-8339 (CLARINDO)

sábado, 11 de agosto de 2012

CURSOS MODALIDADE EAD


CENTRO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA





 CURSOS MODALIDADE  EAD

Os cursos de extensão modalidade EAD são interativos.Isso significa troca de informações e de idéias.Comunicação é o ideal para essa modalidade de estudo.

A coordenação dos cursos EAD do CBA encontra-se ao dispor para interagir com todos os alunos dos cursos.

Como parte obrigatória dos cursos os exercícios precisam ser respondidos e as respostas enviadas de volt.a para a coordenação.

Um trabalho final do curso é solicitado no devido tempo para conclusão de cada curso.

No momento os seguintes cursos estão em andamento:

- Fundamentos de Mineralogia- fase final

Arqueologia da R. Amazónica

Arqueologia Histórica


Cursos com turmas concluídas no Primeiro Semestre de 2012.

Arqueologia da R. dos Lagos

Fundamentos de Geologia.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ROTEIRO CULTURAL E ECO-GEOARQUEOLÓGICO DA URCA


ROTEIRO CULTURAL E ECO-GEOARQUEOLÓGICO DA URCA
SUCESSO MARCOU A OFICINA ROTEIRO DA URCA
Realizada dia 19 de maio com inicio às 10 horas a Oficina contou com a presença de geólogos, geógrafos, biólogos, arqueólogos entre outros interessados. O Grupo foi recebido pelo Museu de ciências da Terra representado pela estagiária Paula, que dirigiu os visitantes até as  belas exposições sobre  o paleontólogo L.I.Price. a exposição  dos dinossauros e finalmente as rochas e minerais da Coleção do DNPM.
Em seguida o grupo se dirigiu à Praia Vermelha onde começou a caminhada pela pista Cláudio Coutinho, através da qual o professor Paulo Afonso discorreu sobre meio ambiente, a vegetação e a fauna da área.
Placa Caminhos Geológicos do DRM: Pão de Açúcar.
Ao chegar ao local o professor Benedicto Rodrigues, coordenador do Projeto Oficinas do CBA, deu algumas explicações sobre a Geologia do Estado do Rio de Janeiro e sobre o Projeto Caminhos Geológicos do DRM. A Placa estrategicamente colocada, apresentada em português e em inglês, apresenta interessante diagramação e um texto objetivo, enfocando a origem do Pão de Açúcar desde os tempos do Paleocontinente Gondwana, o seu desmembramento, sua evolução geológica até os dias atuais.
Às 14 horas foi encerrado o Encontro que a julgar pela opinião dos presentes  foi realmente um sucesso. Os participantes retornaram para suas residências,  entretanto alguns resolveram esticar, dando  continuidade ao papo-cabeça, iniciado durante o trajeto pela pista,  mas agora regado com a preferida dos cariocas, a famosa loura gelada, que a paisagem convidava  a desfrutar.
Estão todos desde já convidados para a próxima oficina do CBA, cuja data e local será oportunamente divulgada.

Arqueologia e Gestão do Patrimônio


Arqueologia e Gestão do Patrimônio
Paulo J.C. Mello

Quando se pensa em arqueologia geralmente vem à mente as pirâmides do Egito, a cidade de Machu Pichu ou as aventuras de Indiana Jones. Ninguém pensa em pequenos fragmentos de panelas cerâmicas, instrumentos de pedra lascada (quase sempre confundidos pelos não arqueólogos com simples seixos fragmentados) ou as ruínas de uma velha casa abandonada. Apesar de algumas vezes o trabalho do arqueólogo ter um sabor de aventura, a maior parte das atividades são desenvolvidas em estafantes trabalhos de campo ou em trabalhos de laboratório que, geralmente, chegam a ser tediosos (como passar horas analisando um instrumento de pedra para tentar ver como ele foi confeccionado). Mas o que é arqueologia? A origem da palavra vem do grego (arkhaios, antigo, e logos, ciência) significando o estudo das antiguidades. No entanto, em uma definição mais ampla, pode-se dizer que a arqueologia trata do estudo das sociedades, através da cultura material fabricada e utilizada por elas, ou seja, através da arqueologia podemos estudar não só as sociedades antigas mas também as atuais. Arqueologia, portanto, pode ser dividida em histórica (quando tem-se documentos escritos que ajudam a estudar a sociedade em questão) ou pré-histórica. Os estudos pré-históricos e o pré-historiador operam somente naquelas áreas e períodos em que não há documentos escritos. Assim, conforme pode ser visto em Prous (1999:20), "a arqueologia é essencial para o pré-historiador, que dela não pode prescindir, e pode, também, ser utilizada por outros pesquisadores da área das chamadas ciências humanas: o historiador e o antropólogo têm, através dela, acesso a informações não mencionadas - ou que aparecem deturpadas nos textos". Não vamos discutir aqui os métodos e técnicas utilizados pelos arqueólogos, tanto em campo, para localizar os sítios e recolher o material, como em laboratório, para analisar o material coletado. Trataremos da preservação desse patrimônio, patrimônio que é pouco valorizado aqui no Brasil, em função, principalmente, de sua pouca monumentalidade (com exceção de sítios com arte rupestre ou quando se encontram enterramentos humanos, os sítios arqueológicos passam completamente desapercebidos. Quem liga para uns caquinhos de cerâmica?) e da não identidade cultural da população atual com a pré-histórica (a arqueologia pré-histórica no Brasil é marcada pela falta de identificação étnica e cultural com o passado indígena, diferentemente do que ocorre em alguns países vizinhos, como Peru e Bolívia, por exemplo). Um outro problema é que esse patrimônio é extremamente frágil: uma vez que os sítios arqueológicos encontram-se no sub-solo ou na superfície e qualquer atividade que impacte o solo irá, necessariamente, causar algum dano ao patrimônio. Existem dois principais agentes destrutivos, ambos humanos. Um são as grandes obras de engenharia, como a construção de estradas, usinas hidrelétricas etc, onde as ameaças ao patrimônio são facilmente perceptíveis. O outro, a intensificação agrícola que causa uma destruição mais lenta, mas atinge um âmbito muito maior, pois cada vez há mais porções de terras que se abrem à agricultura mecanizada. Há outra atividade humana destrutiva que não devemos esquecer: a exploração econômica do sítio (no caso dos sambaquis, por exemplo, ou das cavernas de calcário). Sendo definido e protegido pela Constituição Federal de 1988 (Artigos 20, 23 e 216), o patrimônio cultural, onde se inclui o patrimônio arqueológico, conta ainda em seu favor com dois conjuntos de leis: Um mais antigo, que trata especificamente do patrimônio cultural (Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, que organiza a proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a Lei nº 3.924, de 26 de julho de 1961, que dispõe sobre os monumentos arqueológicos e históricos); e outro mais recente, tratando da proteção ambiental, mas que apresenta várias referências ao patrimônio arqueológico (podemos citar, entre outras, a Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o parcelamento do solo urbano; Lei 7.347 de 24 de julho de 1985, que disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico e turístico; Decreto nº 95.733, de 12 de fevereiro de 1988, que dispõe sobre a inclusão no orçamento de projetos e obras federais de recursos destinados a prevenir ou corrigir prejuízos de natureza ambiental, cultural e social decorrente da execução desses projetos e obras, Decreto nº 99.540, de 21 de setembro de 1990, que institui a Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional) Tanto a legislação ambiental como aquela sobre o patrimônio "refletem o contexto histórico em que foram elaboradas. A legislação sobre patrimônio cultural (de 1937 e de 1961) não estava preocupada com a possibilidade de ações lesivas ao patrimônio como as que se impuseram após as décadas de 1960 e 70 com os grandes projetos desenvolvimentistas, tanto no que se refere a sua envergadura quanto a sua quantidade" (Santos, 2001:38). É a partir dessa época (década de 1970), primeiramente nos EUA, que a arqueologia começa a experimentar um desenvolvimento sem precedentes, com o surgimento da chamada Gestão de Recursos Culturais, quando começou-se a perceber que, assim como alguns recursos naturais, os restos arqueológicos são frágeis, estão expostos ao perigo e, diferentemente de outros recursos culturais, representam aspectos únicos, finitos e não renováveis da herança cultural. Esses recursos, portanto, devem ser tratados e gerenciados para assegurar sua sobrevivência (Kerber, 1994). Esse fato causou uma mudança na profissão de arqueólogo, que passa de estritamente acadêmica para uma ocupação do 'mundo real', na qual a legislação e a política pública são um dos componentes principais. Assim é que a Gestão de Recursos Culturais se torna responsável pelo emprego da vasta maioria dos arqueólogos, e serve como principal fonte de financiamento para muitas das pesquisas conduzidas no país. Aqui no Brasil isso ocorreu a partir da assinatura da resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama nº 001/86), em 23/06/1986, onde foram estabelecidas as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para o uso da Avaliação de Impacto Ambiental. Ou seja, dependendo da magnitude da obra de engenharia a ser realizada, seria necessário que se fizesse um diagnóstico da área a ser impactada pelo empreendimento, bem como se propusesse medidas para a proteção do patrimônio a ser afetado. Um ponto central é que a proteção não significa necessariamente preservação, pois, na prática, nem todos sítios arqueológicos podem ser preservados, não podem nem mesmo ser estudados com um grande nível de intensidade, uma vez que é impossível escavar todos os sítios de uma área, ou escavá-los totalmente. Não existindo uma alternativa para o empreendimento, como mudar o traçado de uma rodovia, ou a localização de uma barragem (o que não impediria, necessariamente, que se atingisse outros sítios - a solução, radical, seria a não execução da obra) a proteção pode, como costuma, ser a mitigação dos efeitos adversos através da escavação do sítio ou, na realidade, de uma porção dele antes de sua destruição ou perturbação. Assim, o sítio e a maior parte do seu conteúdo é perturbado ou destruído pelo projeto de impacto enquanto uma amostra (idealmente representativa) é coletada e analisada, conservando-se, assim, as informações contidas no sítio. O gerenciamento gira, portanto, em torno de decisões relacionadas a qual sítio preservar (deixar intacto), qual conservar (escavar e interpretar), e qual permitir a destruição. Apesar de perante a Lei todos os sítios serem protegidos, nem todos têm igualmente o mesmo potencial. A chave, aqui, está no que chamamos de 'significância' , ou seja, o valor que é dado pela sociedade, ou grupos dentro dela, e que é estabelecido somente dentro de contextos particulares, contextos estes proporcionados pela economia, padrões estéticos, conhecimentos comuns ou tradicionais da sociedade. Uma vez que somente os recursos `significantes` tendem a ser protegidos (a determinação de que um sítio não seja significante constitui uma licença para impactá-lo), o tópico de determinar-se a significância do sítio arqueológico tem sido amplamente debatido. Como pode ser visto, o papel do arqueólogo não se restringe mais ao entendimento da pré-história (ou da história, dependendo do caso) mas está também intimamente ligado à preservação do patrimônio.

 Paulo J.C. Mello é professor do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, da Universidade Católica de Goiás. Referências bibliográficas: _ KERBER, J.E. (1994) 'Introduction' In: J.E. KERBER (ed) Cultural resource management. Archaeological research, preservation plkanning, and public education in the northeastern United States. Westport, Bergin & Carvey. p.1-14 _ PROUS, A.(1999) 'Arqueologia, pré-história e história.' In: M. C. Tenório (org) Pré-história da Terra Brasilis. Rio de Janeiro, Editora UFRJ. p. 19-32. (Leia resenha) _ SANTOS, M.C.M. (2001) Problemática do levantamento arqueológico na avaliação do impacto ambiental. Dissertação de Mestrado. USP. Sites de interesse: _ http://www.Iphan.gov.br _ http://www.saa.org _ http://www.itaucultural.org.br/arqueologia/ Atualizado em 10/09/2003 http://www.comciencia.br contato@comciencia.br

terça-feira, 7 de agosto de 2012

ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL

ARQUEOLOGIA INDUSTRIAL


Referências


THIESEN, Beatriz V. Arqueologia industrial ou arqueologia da
industrialização? Mais que uma questão de abrangência. Disponível em
http://www.labjor.unicamp.br/patrimonio/materia.php?id=161.


MENDES, José A. Arqueologia industrial: uma nova vertente de
conservação do patrimônio cultural. Disponível em
https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/12792/1/Jos%C3%A9%20M.Amad
o%20Mendes26.pdf.

ARQUEOLOGIA DA PAISAGEM


ARQUEOLOGIA DA PAISAGEM COMO INSTRUMENTO
DE GESTÃO NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
DE ATIVIDADES PORTUÁRIAS
José Luiz de Morais
Resumo
O objetivo desta comunicação é propor algumas reflexões em torno do
tema arqueologia da paisagem como instrumento de gestão no
licenciamento ambiental de atividades portuárias, considerando
alguns princípios básicos que regem o planejamento e a práxis da
arqueologia no licenciamento ambiental de obras potencialmente
lesivas ao meio ambiente. A portaria IPHAN 230, de 17 de dezembro
de 2002, norma infra-legal que regula o assunto, instituiu o termo
arqueologia preventiva. Nesse sentido, muito mais que simplesmente
compatibilizar os procedimentos de salvamento arqueológico às fases
do licenciamento, o instrumento regulatório recepcionou e distribuiu
conteúdos metodológicos e técnicos próprios ao exercício da
arqueologia in totum. Assim, nesta oportunidade é focada a trama de
relações entre os princípios normativos da salvaguarda do patrimônio
e as plataformas conceituais da disciplina na perspectiva da
arqueologia da paisagem, convergindo para alguns comentários
acerca das estratégias de produção e gestão de qualidade da
arqueoinformação no âmbito do licenciamento ambiental.
Abstract
This communication has as objective to propose some reflexions
around the theme archaeology of landscape as instrument of
management in the environmental licencing of port activities,
considering some basic principles that rule the planning and the praxis
of archaeology in the environmental licencing of constructions
potencially harmful to environment. The Dec. 17, 2002 IPHAN 230
regulation, infra-legal policy that regulates the matter, instituted the
term preventive archaeology. In this sense, more than simply
compatibilize the procedures of archaeological salvation according to
fases of licencing, the regulatory instrument received and distributed
methodological and technical contents apropriated to archaeological
exercise in totum. Thus, in this opportunity focus is put in the
relationship between the normative principles of patrimonial
safeguard and the conceptual platforms of the discipline in the
perspective of landscape archaeology, converging to some
commentaries about the strategies of production and quality
management of archaeoinormation in the scope of environmental
licencing.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

CURSO FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA


FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA


MODALIDADE EAD

 DIRETORIA DE ENSINO DO CENTRO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA



 TURMA DE AGOSTO DE 2012





INSCRIÇÕES ATÉ 15 DE AGOSTO DE 2012



O curso é de extensão na modalidade ead


CERTIFICADO PELO CBA.


Público alvo:
Professores do ensino médio e fundamental estudantes de graduação em geral geógrafos, arqueólogos e biólogos, mormente aqueles que desejam se reciclar em Geologia 

E  todos os que gostam de geologia, de qualquer área de conhecimento incluindo médicos, engenheiros, agrônomos, ecologistas/ambientalistas, pedólogos,  paleontólogos etc.



CURSO LIVRE MODALIDADE EAD 

COORDENADOR DO CURSO

PROFESSOR B. RODRIGUES 

MAIS INFORMAÇÕES
sobento@gmail.com






GEOLOGIA DE CAMPO TEM CURSO


CENTRO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA PROMOVE

CURSO INTENSIVO MODALIDADE PRESENCIAL

FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA DE CAMPO

CURSO INTENSIVO

DURAÇÃO TOTAL : 12 HORAS

AULAS  PRATICAS DE CAMPO
 AOS SÁBADOS 
NOVAS TURMAS  

NESTE ANO ALUNOS PODEM AINDA SE INSCREVER PARA AS SEGUINTES TURMAS


 AGOSTO        TURMA A   

SETEMBRO    TURMA B  

OUTUBRO        TURMA C

NOVEMBRO      TURMA D


MAIS INFORMAÇÕES: : 
sobenet@yahoo.com.br

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

CENTRO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA


OBJETIVOS PRINCIPAIS DO CBA
Congregar estudiosos em Arqueologia, Pré-história e Ciências afins que pretendam desenvolver seus conhecimentos nas mencionadas áreas, promovendo a realização de cursos especializados referentes aos diversos campos da Arqueologia e Ciências Correlatas, principalmente com relação à Antropologia Biocultural, Ecologia Humana, Paleoecologia Humana e ao Meio Ambiente, realizando estudos, debates, seminários, projetos culturais, encontros, etc, nos campos de ensino e pesquisa mencionados. Visando realizar levantamentos e pesquisas arqueológicas devidamente autorizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN em conformidade com a Lei Federal 3924 de 26 de julho de 1961.
Mais informes com o Professor H. Rodrigues      sobenet@yahoo.com.br       sobenet@yahoo.com.br