quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

BOLETIM ONLINE NÚMERO 56

CENTRO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA BOLETIM ONLINE 56 28 DE DEZEMBRO DE 2011 OBJETIVOS PRINCIPAIS DO CBA Congregar estudiosos em Arqueologia, Pré-história e Ciências afins que pretendam desenvolver seus conhecimentos nas mencionadas áreas, promovendo a realização de cursos especializados referentes aos diversos campos da Arqueologia e Ciências Correlatas, principalmente com relação à Antropologia Biocultural, Ecologia Humana, Paleoecologia Humana e ao Meio Ambiente, realizando estudos, debates, seminários, projetos culturais, encontros, etc, nos campos de ensino e pesquisa mencionados. Visando realizar levantamentos e pesquisas arqueológicas devidamente autorizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN em conformidade com a Lei Federal 3924 de 26 de julho de 1961.
PROGRAMAÇÕES
O CBA vem realizando ciclos de palestras, excursões, debates, encontros, seminários, exposições e cursos, visando difundir os postulados da Arqueologia Histórica, Pré-histórica e das Ciências Correlatas, para despertar vocações tendo como lema a defesa e preservação dos bens naturais e culturais, municipais, estaduais e federais do nosso País.
Os cursos do CBA, mais do que as funções de suas características palpitantes, pode até constituir-se em um “hobby” intelectual, emocionando e interessando pessoas de diversificadas gamas de formação profissional e faixas etárias, mostrando e demonstrando que o estudo de Arqueologia reveste-se, hoje, de importância básica para quantos que se dedicam a várias atividades e profissões. É fora de qualquer dúvida que o estudo desse Componente Curricular (Disciplina-Científica) oferece ferramentas interpretativas, para a abordagem de matérias fundamentais, como, as dos Cursos de História e Geografia, por exemplo e, principalmente, pelos elementos que oferece no tocante à paleo-arqueologia de culturas desaparecidas e seus respectivos “habitats”.
No Rio de Janeiro e outras cidades do interior do estado e do país o CBA já promoveu cursos em várias universidades, escolas e diversos espaços culturais. O CBA realiza Reuniões de Diretoria, Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, periodicamente, conforme postula o seu Estatuto, dentro de uma agenda administrativa interna própria, aberta a participação de seus associados, seus discentes e convidados.
Triênio 2006-2009: No ano de 2006, além de diversas atividades incluindo cursos, palestras e visitas tecnicas a Museus e Exposições, bem como viagens de estudo, o CBA estabeleceu uma parceira com o SINPRO-Rio, realizando em suas dependências duas comemorações: o 1º Dia do Arqueólogo, em 26 de julho, e os 45 anos do CBA, em 21 de novembro. No ano de 2007, prosseguiram os cursos e oficinas, bem como excursões e visitas técnicas. Em 9 de julho, foi assinada pelo prefeito César Maia a Lei nº 4.540, que oficializa a data 26 de julho como sendo a data comemorativa do Dia do Arqueólogo na esfera municipal. O evento, neste ano, foi comemorado no Clube de Engenharia/RJ, constando de solenidade e festa, a 1ª ArqueoFest do Rio de Janeiro. No ano de 2008, foi realizado em julho o Dia do Arqueólogo - um encontro de 3 dias no Forte de Copacabana -, além da comemoração dos 47 anos do CBA, em novembro. A parceria do CBA com o DRM foi concretizada, o que selou a mudança do CBA para as instalações do DRM em Niterói. Algumas oficinas e palestras também foram realizadas. No ano de 2009, além da mudança da Diretoria em maio, ocorreram vários eventos comemorativos do Dia do Arqueólogo, em julho: "Arqueologia na Praça", "Visita à Casa dos Pilões", no Jardim Botânico e palestra no autidório da UERJ. Em outubro, o CBA participou, pela primeira vez, da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Niterói/RJ. A parceria com o DRM iniciou uma série de palestras/cursos: em outubro, "Pré-História Andina", curso ministrado pelo prof. Alfredo Altamirano. Triênio 2009-2012: No ano 2010, os seguintes cursos foram realizados: em março, " Introdução ao Estudo das Geociências", com o prof. Benedicto Rodrigues; em abril, "Pré-História Amazônica", com o prof. Alfredo Altamirano. Em julho, como todos os anos, foi comemorado o "Dia do Arqueólogo", com as visitas técnicas à Casa dos Pilões, no Jardim Botânico/RJ, à Ilha Fiscal, na Baía de Guanabara e à cidade histórica dos Barões do Café - Bananal/SP. O CBA também esteve presente e proferiu palestra no II EREARQ-NE - II Encontro Regional de Estudantes em Arqueologia do Nordeste, em Laranjeiras/SE. Em novembro, o CBA participou do II APL da Banana Orgânica do Estado do Rio de Janeiro, no Clube de Engenharia/RJ, onde apresentou palestra sobre a origem da banana e participou da sessão poster do evento. Na ocasião, publicou o 1º número da revista "Pergaminhos", com o tema "Origem da Banana".
Para 2011, ano do cinquentenàrio do CBA, estão previstas comemorações para o Dia do Arqueólogo, em julho, e para novembro, mês do aniversário, com visitas técnicas, palestras, mesas-redondas, sessões poster e exposição. Fique atento as nossas atividades e agende-se. Continua o apoio do CBA ao Parque Paleontológico de São José de Itaboraí e a sua participação no CONDEMA. O CBA também pretende apoiar a recuperação e a ampliação do Museu Alcides Franco, da UFRRJ. Contatos: Endereço: r. Marechal Deodoro, 351 - parte - Niterói - CEP 24.030-060 (instalações do DRM-RJ) Horário de plantão: 9:00h às 12:00h, às terças-feiras. E-mail: cba@cbarqueol.org.br Comunidade do CBA no orkut: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=12776505 MEMBROS DA DIRETORIA (Eleita para o triênio 2009 / 2012)
DIRETORIA EXECUTIVA PRESIDENTE: Juan Álvaro Christian Barrientos Navarro VICE-PRESIDENTE: Luiz Octávio de Castro Cunha 1º SECRETÁRIO: Benedicto Humberto Rodrigues Francisco 2º SECRETÁRIA: Catherine Blin de Arruda Nóbrega Beltrão 1ª TESOUREIRA: Maria Tinoco Plata 2ª TESOUREIRA: Dezi Tinoco Gaertner DIRETOR DE PESQUISA: Jorge Belizário de Medeiros Maria DIRETORA DE ENSINO: Vanessa Maria da Costa Rodrigues Francisco CONSELHO FISCAL Efetivos Julio Cezar Vaz da Silva, Cláudia de Carvalho Falci Bezerra e Marlene de Carvalho Falci Bezerra Suplentes João Carlos de Oliveira Gomes e Vitor Manuel Rodrigues do Nascimento CONSELHO CONSULTIVO Alfredo José Altamirano Enciso, Ana Maria do Nascimento Veltri, Celio Mendes Cavalcante, Giselle Manes da Silva, Rondon Mamede Fatá, Thais Galvão da Silva, Vera Lúcia Lopes de Medeiros Maria e Viviane Maria da Costa Rodrigues Francisco. APOIO DO DRM;RJ

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

CBA BOLETIM ONLINE NÚMERO 55

BOLETIM ONLINE NÚMERO 55 22 DE DEZEMBRO DE 2011 Notícias MP apura irregularidades em museu de arqueologia EPTV O Ministério Público (MP) abriu um inquérito para averiguar possíveis irregularidades no armazenamento do acervo do Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (Mapa). Segundo a denúncia, feita em 2009 pelo arqueólogo Robson Antônio Rodrigues, ... Veja todos os artigos sobre este tópico: Edital do CNPq aprova dois projetos de pesquisa da UFCG PBAgora - A Paraíba o tempo todo Pelo comitê de assessoramento em Antropologia, Arqueologia, Ciência Política, Direito, Relações Internacionais e Sociologia foi aprovado o projeto Sub-bacia hidrográfica do Rio do Peixe/PB: Direito, Política e Gestão, que será coordenado pelo professor ... Veja todos os artigos sobre este tópico: Dificuldade na requalificação das abóbadas do convento leva câmara ... Diário de Leiria A câmara de Leiria prepara-se para abrir um novo concurso que permita requalificar o Convento de Santo Agostinho para receber o futuro Museu de Arqueologia, na sequência da "incapacidade técnica" do actual empreiteiro. A informação foi transmitida pelo ... Veja todos os artigos sobre este tópico: ncl=http://www.diarioleiria.pt/index.php%3Foption%3Dcom_content%26task%3Dview%26id%3D11872%26Itemid%3D135&hl=pt-BR&geo=br> === Web - 3 resultados novos para [arqueologia] === Arqueologia do Futuro - Fredric Jameson Principal / Livros / Arqueologia do Futuro. Arqueologia do Futuro. 0.0. 1 2 3 4 5 0 avaliações. 0leram · 0lendo · 1vão ler · 0relendo · 0abandonos · 0resenhas ... Arqueologia judaica / paleo-cristã: descobertas e impactos Arqueologia judaica / paleo-cristã: descobertas e impactos - Página extraoficialmente voltada a CONGREGAÇÃO CRISTÃ e temáticas correlatas / Cristandade ... Cidades perdidas do Egito | Conexões Se você gosta de arqueologia, aposto que vai ficar muito entusiasmado ao ver revelados os mais novos segredos da exploração arqueológica da história do ... www.conexoes.org/cidades-perdidas-do-egito/> Alerta enviado uma vez por dia pelo Google. APOIO DO DRM/RJ se não quiser receber mais esse boletim avise para sobento@gmail.com

sábado, 17 de dezembro de 2011

Boletim online do CBA 54/dezembro 2011

BOLETIM ONLINE 54 RIO DE JANEIRO, 17 DE DEZEMBRO DE 2011 Faltam profissionais para atuarem na área de arqueologia no Amazonas Apesar da grande riqueza arqueológica existente em Manaus, a escassez de profissionais é apontada por especialista como um dos gargalos para a preservação deste patrimônio Manaus, 15 de Dezembro de 2011 CASSANDRA CASTRO Toda a riqueza arqueológica da cidade de Manaus é de conhecimento dos profissionais que lidam com ela diariamente. Mas apesar dos esforços conjuntos, diversos fatores apontam para um panorama de perdas consideráveis de material arqueológico não só na capital, mas também no interior do Amazonas. A arqueóloga Helena Lima fala que em Manaus os sítios arqueológicos são muito impactados principalmente por obras de infraestrutura, expansões comerciais e residenciais. Aliada ao ritmo acelerado de obras que acabam destruindo senão totalmente, boa parte destes sítios arqueológicos, está a falta de profissionais na região. Helena afirma que existem poucos arqueólogos institucionalizados no Amazonas e o que não falta é trabalho. “ O Ipham , órgão responsável pelo gerenciamento do patrimônio arqueológico no Estado, se esforça para fazer com que se cumpra a legislação e a fiscalização, mas existe um arqueólogo para dar conta do Estado do Amazonas inteiro”, conta Helena. Apesar de existir uma legislação rigorosa em relação à proteção ao patrimônio arqueológico, dificilmente ela é cumprida. A solução para o problema da escassez de profissionais começa a ganhar corpo com o curso de graduação em arqueologia da Universidade do Estado do Amazonas. Esses profissionais tem papel fundamental para que seja despertado o interesse de todos em relação à importância da preservação destes achados arqueológicos. Helena Lima acredita que é necessário ser feito um trabalho de sensibilização junto à sociedade para conscientizar toda a população de que é ela a principal detentora do patrimônio arqueológico de sua cidade e Estado. http://acritica.uol.com.br/manaus/Manaus-Amazonas-Amazonia_0_608339210.html fonte do artigo acima. AMAZONAS TEM TESOUROS ESCONDIDOS Tesouros arqueológicos escondidos nos subterrâneos de Manaus Poucos sabem que boa parte da memória de Manaus está escondida debaixo da terra. São peças valiosas que podem ajudar a entender a história da cidade Manaus, 15 de Dezembro de 2011 CASSANDRA CASTRO Tesouros escondidos debaixo de calçadas, avenidas, construções...Muitos que andam por Manaus sequer imaginam a riqueza que está escondida nos seus subterrâneos. Um pouco da Manaus colonial e até pré colonial está sendo resgatado pelo esforço e dedicação de profissionais que escolheram desvendar este complexo entrelaçado de épocas, costumes e artefatos. Um dos locais onde podemos encontrar um pouco deste universo de descobertas arqueológicas é o laboratório Alfredo Mendonça de Souza que funciona dentro do complexo de museus situado no Palacete Provincial, centro de Manaus. Quando lá chegamos, somos cativados pela curiosidade das peças que vemos: filtros de cerâmica de grés intactos; garrafas de cerveja, de refrigerantes, de remédios, esculturas, pedaços de louças...A maioria destas preciosidades foi achada em locais distintos do centro de Manaus. Destes lugares são retiradas toneladas de material, resquícios de povos que viveram aqui bem antes de nós e que deixaram impregnadas nos locais por onde passaram , as marcas deste pedaço da nossa história. A turismóloga Socorro Paiva mostra parte de um acervo baseado nas 3 toneladas de material arqueológico retirado durante as obras de restauração da Catedral Metropolitana de Manaus,em 2002. A maioria do material ainda não foi analisada e está guardada em engradados ,com os objetos cuidadosamente embalados . Uma mostra do que foi encontrado pode ser vista no laboratório. Socorro explica que o trabalho feito pela equipe de profissionais que trabalha aqui é demorado e delicado “ O visitante que chega aqui pode ver as principais etapas do fazer arqueológico e mergulhar um pouco no fascinante mundo que é buscar conhecer os nossos antepassados”, conta. Podemos ver garrafas de louça importadas de Portugal, Dinamarca e Inglaterra, todas para acondicionar cerveja e que surgem aos milhares sempre que são realizadas obras que implicam sempre em mexer com solo e escavações no centro de Manaus. Exemplos não faltam e parte deles está ao alcance de quem visitar a exposição montada dentro do laboratório de arqueologia do Palacete Provincial. Muitas peças chamam a atenção pela beleza e diversidade. Locais como as esquinas da avenida Eduardo Ribeiro com Quintino Bocaiúva, Getúlio Vargas com rua Lauro Cavalcante, ruas José Paranaguá, Marcílio Dias, Costa Azevedo, Lobo D’Almada, todas no centro de Manaus, são exemplos de locais de onde muito material arqueológico foi recolhido. Boa parte deles é levada por trabalhadores da construção civil ou até donos das propriedades que passam por obras e que acharam algo diferente. Por desconhecimento, alguns só entregam ao laboratório peças inteiras, mas muitas vezes, até objetos que estejam quebrados podem ter valor para estudo. Atualmente, a equipe está no processo de levantamento dos fragmentos e peças de louças encontrados nos diversos locais que apresentaram registros de artefatos arqueológicos na cidade. O laboratório acaba funcionando como uma forma de sensibilizar a sociedade para a importância de resgate destas peças que fazem parte de um grande quebra-cabeças da história de Manaus. O laboratório é aberto à visitação, de terça a sexta, das 8h às 17h e fica localizado no Palacete Provincial , na praça Heliodoro Balbi, também conhecida como praça da Polícia, no centro da cidade. A entrada é franca. Às portas da cidade de Lagos, no Algarve, a arqueóloga Maria João Neves e a antropóloga Maria Teresa Ferreira, que ali trabalhavam desde Janeiro de 2009, depararam-se com um achado único a nível mundial: um dos mais antigos "cemitérios" de escravos africanos alguma vez encontrados. O achado ocorreu no âmbito de uma escavação arqueológica preventiva, executada pela Dryas Arqueologia - num local destinado à construção de um parque de estacionamento subterrâneo - e abre caminho a uma investigação mais profunda sobre o modo de vida e o tratamento mortuário dado a estas pessoas nos tempos da escravatura. Numa breve entrevista ao Boas Notícias, Maria João Neves explicou a singularidade desta descoberta e falou da história escondida por trás dela. Como foi encontrado este "cemitério" de escravos? Os esqueletos dos escravos africanos que encontrámos em Lagos foram inumados numa lixeira que funcionou entre o século XV e o século XVII. Na realidade, não podemos falar de um verdadeiro cemitério de escravos, porque na maioria dos casos os corpos foram descartados, mas nalguns deles há também sinais de ter havido cuidado na forma de depositar os cadáveres, colocados inclusivamente em posições que evocam os seus cultos de origem africanos. Além dos esqueletos, encontraram algo mais? Nesta vasta lixeira, a par dos 155 esqueletos de escravos, também encontrámos muitos vestígios arquológicos - quer cerâmicos, metálicos ou faunísticos - de que os habitantes de Lagos se desfaziam aqui. Todos estes objetos são especialmente informativos porque nos contam mais sobre o modo de vida, os hábitos, os costumes, as relações económicas e sociais estabelecidas na cidade em época moderna. Por exemplo, foram recolhidos milhares de fragmentos cerâmicos, muitos dos quais de oficinas estrangeiras (sobretudo espanholas e italianas), o que demonstra a vitalidade comercial e económica desta cidade portuária, onde afluíam muitas mercadorias. De que época datam estes vestígios? Tendo em conta o contexto arqueológico dos esqueletos, uma vez que foram recuperados em conjunto com outros materiais, deverão ter sido depositados algures entre os séculos XV e XVII. Existe alguma explicação para os esqueletos se encontrarem neste local específico? O costume de depositar os escravos em poços - como o que existia naturalmente no lugar da lixeira de Lagos – era habitual e encontra-se documentado em várias fontes históricas. Em Portugal, D. Manuel I lançou mesmo um decreto régio, em 1515, de forma a evitar que os corpos dos escravos fossem abandonados nas ruas, onde eram arrastyados e devorados por cães. Deste modo, e tendo em conta tanto os dados da escavação como a própria História, a explicação para o achado é a existência de uma prática de descarte dos cadáveres dos escravos. Sendo Lagos uma cidade pioneira e que teve grande destaque no tráfico de escravos, a descoberta neste local não é de estranhar. Qual é o valor desta descoberta? O valor é enorme, desde logo porque nos dá uma oportunidade inestimável para documentar objetivamente o tratamento na morte que era dado aos escravos enterrados aqui. Mas permite-nos saber muito mais do que isso, até mesmo conhecer as condições precárias de vida durante o cativeiro e traçar perfis biológicos (idade, sexo, estatura e afinidades populacionais) destes indivíduos. Além disso, dá-nos possibilidade de identificar lesões esqueléticas que testemunham a violência, as carências alimentares e as doenças infecciosas. Tudo isto é essencial para discutir o problema da demografia e do recrutamento de escravos. É um achado único? Existem, sobretudo no continente e nas ilhas americanas, outros cemitérios escavados de escravos. Porém, o contexto específico deste, que se encontra numa lixeira, e o facto de ser um dos cemitérios mais antigos já descobertos - uma vez que os restantes datam de períodos mais tardios, dos séculos XVII a XIX - tornam-no de facto singular em todo o mundo. O público em geral pode ter acesso a estes vestígios arqueológicos? Sim, na verdade, está patente no Mercado de Escravos em Lagos uma pequena exposição onde, partindo do conceito de mercadoria, são apresentados alguns dos achados da lixeira da cidade, exposição essa que foi organizada pela Câmara Municipal de Lagos em parceria com a Dryas e alguns artistas plásticos do Laboratório de Atividades Criativas local. De que maneira será assinalada esta descoberta? Em primeiro lugar, está prevista a realização de um memorial no local da responsabilidade do Comité Português da UNESCO da "Rota do Escravo", salientando a memória do tráfico transatlântico de escravos. Também se prevê a criação de um centro de investigação dedicado ao tema em Lagos, que tenha uma vocação multidisciplinar. Que outros passos serão dados na pesquisa? A curto prazo, o mais importante é dar seguimento aos estudos que estamos a realizar em conjunto com investigadores da Universidade de Coimbra, no âmbito de um projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Isto porque estes estudos são o primeiro passo para um programa de pesquisa mais amplo e vão permitir aumentar o conhecimento existente acerca do modo de vida e do tratamento mortuário a que estas pessoas foram sujeitas, bem como da própria História do tráfico de escravos africanos. APOIO DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Boletim online número 53

Resultados arqueológicos de 2011 Voz da Russia Na Rússia foi encontrado pela primeira vez o instrumento de metal usado no século XIV para a colocação de selos de chumbo - este e outros achados únicos são resultados da temporada arqueológica nacional de 2011. Os cientistas estão convencidos de que ... Veja todos os artigos sobre este tópico: === Web - 1 resultado novo para [arqueologia] === MAR do CEARÁ: Seminário de Arqueologia Subaquática - Algumas ... Há cerca de três anos um grupo de diversos profissionais voluntários, vem trabalhando na produção de um livro sobre a arqueologia da praia da Ponta Grossa, ... barqueol.org.br http://mardoceara.blogspot.com/2011/12/seminario-de-arqueologia-subaquatica.html
Arqueologia industrial redescobre São Caetano 16/12/2011 Pratos e xícaras de antiga fábrica de São Caetano... Pratos e xícaras de antiga fábrica de São Caetano são encontrados durante escavação. Material pertencia à Cerâmica Adelinas. Peças estão sendo catalogadas e poderão ir para a Fundação Pró-Memória de São Caetano. Este trabalho arqueológico não é inédito no Grande ABC, mas ganha visibilidade. Isso é bom. Pode e deve servir de exemplo. Novos projetos do gênero têm tudo para ocorrer. E as sete cidades ganham condições de fazer escola. As informações chegam à Memória graças à jornalista Mariângela Devienne Ferreira, ex-Diário. Fragmentos e história Texto: Mariangela Devienne Ferreira Fragmentos de pratos e xícaras foram encontrados no primeiro trecho das escavações de obras da adutora do Projeto Aquapolo, que partiu da Estação de Tratamento de Esgoto ABC, na Avenida Almirante Delamare, em São Paulo, até a Avenida dos Estados, em São Caetano. As escavações cumpriram regulamentação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. As obras vão levar água de reúso para o Polo Petroquímico Capuava, em Mauá. O material encontrado está sendo catalogado, contabilizado e analisado. São cerca de 2.000 fragmentos. Seu destino: o acervo municipal, após liberação do Iphan/SP. As peças foram encontradas na Rua Professora Maria Macedo a até seis metros de profundidade. Tinham coloração branca e detalhes em pinturas coloridas. Aos quatro metros de profundidade, foram resgatados fragmentos e peças inteiras, pratos empilhados, tigelas e xícaras. Todos os materiais mostravam defeito de fabricação, indicando serem peças de primeira e segunda queima e provenientes de descarte da fábrica. De acordo com a arquiteta que coordenou os trabalhos, Karin Shapazian, Louças Adelinas ficava na Rua Pernambuco, esquina com a Rua Professora Maria Macedo, em São Caetano. CENTRO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA 50 ANOS DEDCADOS A PESQUISA E ENSINO DE ARQUEOLOGIA cba@cbarqueol.org.br APOIO DO DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERIAIS DO RJ /DRM Rio de janeiro, 17 de dezembro de 2011
Boletim online 53 do Centro Brasileiro de Arqueolgoia/CBA 50 anos. Rio de Janeiro 17 de dezembro de 2011 NOTÍCIAS SOBRE ARQUEOLOGIA NO MUNDO Na Rússia foi encontrado pela primeira vez o instrumento de metal usado no século XIV para a colocação de selos de chumbo - este e outros achados únicos são resultados da temporada arqueológica nacional de 2011. Os cientistas estão convencidos de que os artefatos encontrados são importantes não só para os profissionais, mas também para compreender como a vida evoluiu no território russo nos tempos antigos. Neste ano, foram realizadas cerca de quarenta grandes expedições arqueológicas. Tradicionalmente, os arqueólogos têm estado interessados na Antiguidade e na Idade Média, disse o diretor do Instituto de Arqueologia da Academia de Ciências da Rússia, Nikolai Makarov: Em relação ao período desses artefatos, nós estamos cada vez mais conscientes da importância de seu estudo para entender o processo histórico desta fase da Antiguidade e Idade Média. Hoje seria impossível entendê-lo sem a arqueologia. E inclusive o primeriro-ministro Vladimir Putin tomou parte nas escavações em Fanagória - o maior monumento da Antiguidade no Território de Krasnodar, no sul da Rússia. Envergando um fato de mergulhador, ele encontrou no fundo do mar uma ânfora antiga, proveniente da região do antigo porto. Perto da cidade de Suzdal, os arqueólogos se depararam com um antigo cemitério. Segundo os especialistas, este é o primeiro terreno que se conseguiu limpar nos últimos 160 anos, visto que não restou praticamente nada dos cemitérios antigos. Neste terreno, foram encontrados machados de guerra que eram armas cerimoniais dos guardas do século XI. Sendo que esses artefatos são pouco mais de dez em todo o território da Rússia, Escandinávia e na região do Báltico, sendo um achado muito raro. Existem ainda outros achados importantes, disse Nikolai Makarov: Foram ainda encontrados crucifixos da primeira geração de cristãos russos da Antiguidade. Eles apareceram no final do século X e eram usados no século XI. Eles mostram o começo da cristianização da Rússia Antiga. No nordeste da Rússia foram encontraram oito cruzes desse tipo. Durante as escavações em Novgorod, foi feito um achado totalmente especial, que os especialistas até consideram um milagre arqueológico. Se trata de um instrumento em forma de pinças de ferro para fazer selos de chumbo, disse o arqueólogo Piotr Gaidukov, membro correspondente da Academia de Ciências da Rússia. A Rússia antiga possuia muito do Império Bizantino e inclusive a prática de selar os documentos com selos de metal. São mais de 6 mil os selos dos séculos XI-XV conhecidos atualmente. Mas nunca foi encontrado o instrumento com que se faziam esses selos. Agora sabemos como isso era feito na Rússia no século XIV. De acordo com o cientista, esta é a descoberta mais sensacional desta temporada em Velikiy Novgorod e uma das descobertas mais importantes da arqueologia russa e mundial. Outro fato que dá orgulho aos arqueólogos é o complexo metalúrgico encontrado durante as escavações no Mosteiro de Nova Jerusalém, perto de Moscou. Nele, o Patriarca Nikon (século XVII) produzia sinos. É um forno de tijolos no solo em uma construção arredondada, segundo o formato dos sinos. Na Europa existem fornos semelhantes mas na Rússia é a primeira vez que é encontrado, sendo de grande valor para a ciência naciona FONTE; A VOZ DA RÚSSIA BOLETIM ONLINE Uma tumba construída há 1,7 mil anos na cidade de Xian, capital do império chinês durante várias dinastias, foi descoberta por arqueólogos do país nesta semana, informa nesta quarta-feira o jornal oficial Global Times. Achada nos arredores da cidade, a tumba poderia pertencer a alguma importante personalidade da época dos Dezesseis Reinos (304-439), que regeram o norte da China durante um período em que o império oriental esteve dividido. --Folha Online FONTE DA NOTICIA ___________________________________________________ === Web - 1 resultado novo para [arqueologia] === MAR do CEARÁ: Seminário de Arqueologia Subaquática - Algumas ... Há cerca de três anos um grupo de diversos profissionais voluntários, vem trabalhando na produção de um livro sobre a arqueologia da praia da Ponta Grossa, ...LEIA MAIS NO SITE _________________________________________________ APOIO DO DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS DO RJ / DRM _________________________________________________

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ORIGEM DE ALIMENTOS

Margarida apresenta na comunidade orkut AMIGOS DE BANANAL SP esse interessante estudo: Origem do milho O milho deve ter surgido em solo centro-americano há aproximadamente 7000 anos.. Nos planaltos do México, onde, em tempos pré-colombianos, o precioso grão rapidamente se espalhou ao norte até a barra de São Lourenço, ao sul até o Prata e à oeste até o Amazonas. Os astecas, maias e incas, não só dele se alimentavam, mas tinham também uma relação de cunho religioso. Até o descobrimento da América, em 1492, os europeus desconheciam por completo a existência do milho. Quando Cristóvão Colombo levou algumas sementes para a Europa, em 1493, causou grande sensação entre os botânicos. Linneus, em sua classificação de gêneros e espécies, denominou-o de "zea mays", do grego "zeia" (grão, cereal), e em homenagem a um dos principais povos da América, os maias. Hoje seu consumo abrange praticamente todas as partes do mundo. E não apenas como alimentação. O milho serve também de matéria-prima para a fabricação de inúmeros produtos como óleos, cremes vegetais, bebidas e, por incrível que possa parecer, até combustíveis. O milho (Zea mays), parece ter-se desenvolvido de um gramíneo silvestre (Enchalaena mexicana). Dada a sua importância para a humanidade, surgiram em diferentes culturas, lendas que explicam sua origem. 8/31/10 Margarida A história da cevada Existem evidências de que os primeiros homens, a cultivar a cevada com o objetivo de produzir a cerveja viveram a mais de 8000 anos atrás. Em documentos sumerianos encontrados na região mesopotâmica de Sikau comprovam as primeiras referências explícitas à cerveja em 3000 a.C. Posteriormente a cerveja chega ao Egipto, e alguns hieróplifos mostram-nos que o povo dominava a tecnologia de fabricação da cerveja. Eles levavam ao forno um pão de cevada a fim de germinar e secar o cereal. Depois mergulhavam-no em água para produzir o malte. Os egípcios chegaram a produzir diferentes variedades de cerveja como a Cerveja dos Notáveis e a Cerveja Tebas. Na Mesopotâmia, a aristocrática senhora Pu-Adi bebia a sua cerveja de todos os dias por um canudo de ouro puro. Na Babilônia em 1793 - 1759 a.C., o sexto rei chamado Hammurabi prescreveu punições severas a taberneiros desonestos ao servir cerveja. Em 605 - 562 a. C., Nabucodonosor II, que ficou conhecido pelo tino administrativo, desfazia-se de concubinas caídas em desgraça, mandando afogá-la em toneis de cerveja. Os egípcios foram os grandes responsáveis por tornar conhecida a cerveja pelos outros povos orientais. Desse início de trajecto, ela aportou na bacia do Mediterrâneo e daí para o norte da Europa e em fim para o resto do Mundo. Na Idade Média alguns mosteiros fabricavam e desenvolviam a arte da fabricação da cerveja, acrescentando plantas aromáticas como a mírica, o rosmarinho, o louro, o gengibre e por fim lúpulo. Este que é utilizado até hoje foi introduzido ao processo entre os anos 700 e 800 por monges do mosteiro de San Gallo na Suíça. chocolate alimento dos Deuses. Origem do chocolate A origem do chocolate remonta a 1.500 A.C., segundo registram estudos que demonstram que a civilização Olmeca foi a primeira a aproveitar o fruto do cacaueiro. Eles habitavam as terras baixas do Golfo do México. Evidências arqueológicas comprovam que pouco depois os Maias, Toltecas, a Aztecas também já utilizavam o cacau, e consideravam-no o alimento dos Deuses. Nesta época o cacau era usado como uma bebida, geralmente acrescida de algum condimento. Era ingerida pelos sacerdotes em rituais religiosos. Houve tempo também, na mesma época, em que as sementes de cacau, de tão valorizadas, viraram moeda corrente. Eram usadas como meio de troca a referencial de valor _________________________________________________________________________________________________________________ 10/24/10 Margarida THEOBROMA CACAU O cacaueiro ( " Theobroma cacau" theobroma, significando , em grego, alimento dos deuses } é uma árvore equatorial a tropical que prefere altitudes entre 400 a 700 metros do nível do mar, a que se desenvolve melhor a sombra de árvores maiores. Precisa de chuvas regulares, solo profundo e fértil. É uma árvore frágil, delicada, sensível a extremos climáticos, e muito vulnerável à pragas a fungos. Sua altura atinge entre 5 e 10 metros na maturidade, a os primeiros frutos podem ser colhidos mais ou menos 5 anos após o plantio. A árvore se torna adulta aos 10 anos, e pode, em circunstâncias excepcionais, produzir até os 50 anos de idade. As flores pequenas brotam nos galhos e no tronco da árvore e precisam de 5 a 7 anos para se transformarem em frutos maduros. O tamanho da fruta madura varia entre 15 a 30 centímetros de comprimento por 8 a 13 de largura a ela tem formato ovalado. Cada fruto contém entre 20 a 40 sementes envoltas numa polpa macia de cor marrom embranquecida. Quando da safra, o cacau é colhido, aberto, as sementes são separadas, fermentadas e secadas. A fruta deve ser tratada imediatamente após sua colheita, para evitar o apodrecimento. Vinte a quatro horas após a abertura da fruta começa o processo de fermentação, cujo objetivo é livrar a semente de sua mucilagem, destruir o embrião (para evitar a germinação da semente) a provocar reações químicas a enzimáticas na pane interna das sementes. O processo de fermentação é feito em barcaças de madeira apropriadas, a dura entre 3 e 8 dias. É uma etapa muito importante para se obter uma amêndoa de qualidade. Após a fermentação, o cacau ainda contem água demais, cerca de 60%, a esta água precisa ser removida. Na fase de secagem o cacau a espalhado ao sol a mexido regularmente para manter as sementes arejadas a não permitir a formação de bolor.