quarta-feira, 23 de junho de 2010

Boletim Informativo online número 27

Informativo Nº. 27 - Rio de Janeiro, 21/06/2010.




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EDITORIAL
Eis que de repente lá se foram quatro anos. Uma nova Copa do Mundo de futebol nos coloca diante dessa realidade. O tempo não pára. Quatro anos se passaram. Muita coisa mudou. Difícil enumerar uma a uma todas as grandes transformações ocorridas nesse tempo nada significativo para os geocientistas, embora mudanças geológicas tenham ocorrido e assustado o mundo dos Homo sapiens sapiens. Os eventos geológicos são lentos e imperceptíveis de um modo geral na escala humana. Mas há aqueles que ocorrem, ou melhor, mostram o seu ápice, num piscar de olhos. Bastam segundos para que um abalo sísmico cause destruição incrível, colocando abaixo construções feitas (ou não) pela supervisão de competentes engenheiros. Deslizamentos de terras nas encostas mostram a precariedade das ocupações, via de regra irregulares, sem qualquer orientação técnica. Vulcões entram em atividade quase sempre sem aviso prévio, deixando a aviação num beco sem saída em razão da fumaça e da poeira. Coisas aconteceram não apenas na parte física do Planeta. Guerras entre nações foram uma constante. Turbulência na ordem econômica mundial deixaram atônicos economistas e empresários. Para o Brasil, segundo o presidente Lula, nada mais que uma pequena marola, nada que lembre tsunamis na economia local, ao contrário de nações do primeiro mundo o qual passou e ainda passa por um grande sufoco.

Mas eis que de repente tudo mudou. Abalos sísmicos ficam esquecidos, as guerras parecem que dão um tempo, os boicotes são amenizados, os problemas econômicos saem das primeiras paginas dos jornais. E por que esse hiato na ordem mundial?

O motivo, por mais prosaico que possa parece, é um torneio mundial de futebol que se realizada de quatro em quatro anos e que dessa feita ocorre na África. O mais antigo dos continentes habitados pelos ancestrais do Homo sapiens finalmente foi escolhido para ser o palco desse evento que mexe com o mundo todo. A bola apelidada jabulani passa a ser mais cobiçada do que os diamantes das entranhas do subsolo africano. Todos querem a jabulani. Há os que a tratam com delicadeza e há os que a tratam de modo desajeitado. Não importa. Todos querem tocar a jabulani com as mãos, com os pés, com a cabeça, com o ombro, seja lá como for, parece que todo o mundo só tem olhos para a jabulani. E nações divididas pela política se aproximam., seus guerreiros jogadores entram no palco lado a lado conduzidos por mãos infantis e se postam no centro do palco esverdeado. Ouvem os hinos respeitosamente, o púbico aplaude e sopra a terrível corneta vuvuzela. O barulho é ensurdecedor, somente amenizado na hora em que um pé mais habilidoso ou uma cabeçada mais potente coloca a jabulani para dormir nas redes do time adversário. O grito de gol explode no estádio e por toda a parte no Planeta Terra onde milhões se concentram para assistir aos jogos transmitidos pelas redes de televisão via satélites posicionados estrategicamente ao redor do planeta.

È a grande festa mundial que se realiza a cada quatro anos. Mais quatro anos se passarão e então será a vez do Brasil receber a Copa do Mundo. Quanta responsabilidade, minha gente. Oxalá a Copa do Mundo no Brasil seja tão bonita quanto a que se realiza no continente africano. A separação geológica em parte vai sendo superada, uma vez que o mundo do jogo da bola parece reunir novamente o antigo continente Gondwana. Talvez por isso as seleções da América do Sul se sintam tão bem lá do outro lado do Atlântico. Afinal, a América do Sul e a África foram durante milhões de anos um só continente. No mundo da bola parece que nunca houve a separação geológica.

Falando sério.



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CBA PARTICIPOU DO DIA DO GEÓGRAFO

Como parte das comemorações do Dia do Geógrafo ( 29 de maio) pelas divisõs tecnicas do Clube de Engenhria, o Centro Brasileiro de Arqueologia foi convidado para uma palestra que foi proferida pelo Dr. José Altamirano Enciso. A palestra sobre a Pré-História da Amazônia despertou muito interesse entre os participantes do evento realizado no dia 27 de maio no auditório do 22 andar do CE entre 15h e 18 h.

Depois da palestra uma exposição sobre a Amazônia foi aberta ao público.O CBA novamente participou com um banner elaborado por José Altamirano sobre a arqueologia da região com destaque para as estruturas conhecidas como geóglifos.






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CENTRO DE ARQUEOLOGIA AMBIENTAL



O CENTRO DE ARQUEOLOGIA AMBIENTAL é um órgão do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo localizado em Piraju, Estado de São Paulo. Idealizado pela arqueóloga Luciana Pallestrini, suas raízes remontam os anos 1960, quando a equipe de arqueologia do Museu Paulista da Universidade de São Paulo iniciou suas atividades no trecho médiosuperior da bacia do rio Paranapanema. Naquela ocasião foram abertas algumas frentes de escavação arqueológica nos municípios de Itapeva, Piraju e Campina do Monte Alegre (então distrito do Município de Angatuba).

No entanto, a melhor justificativa para tal empreendimento certamente foi o significativo potencial arqueológico da área; isto havia exigido, ainda em 1968, a organização daquele que é o mais antigo programa acadêmico de pesquisas arqueológicas do Estado de São Paulo, o PROJETO PARANAPANEMA. De fato, os vínculos entre o centro e o programa acadêmico têm sido inalienáveis e isto se explica por uma relação de permanente reciprocidade: o CENTRO REGIONAL é produto do PROJETO PARANAPANEMA e, na prática, a permanência de ambos tem sido garantida pelo mútuo envolvimento em objetivos convergentes.



Leia mais: Piraju - http://projetoportoseguro-piraju.blogspot.com/




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CANAL DE TELEVISÃO PORTUGUESA DEDICADO À ARQUEOLOGIA: WEBTV



Fruto de uma parceria entre o Centro Europeu de Investigação CEIPHAR e a empresa Benefits & Profits e com sede no Museu de Arte Pré-Histórica de Mação, o novo canal permitirá consultas de arquivos de vídeos e artigos, relacionados com os projetes de investigação e museologia arqueológica coordenados pelo Instituto Politécnico de Tomar (IPT), para além das emissões diretas.

As emissões diretas tiveram o seu início na quinta-feira, cinco de março as 9h, com as Jornadas de Arqueologia Ibero-Americana, que assim podem ser seguidas por todos os interessados.



Com correspondentes em mais de 15 países, o canal de televisão oferecerá reportagens sobre os projetos do IPT, do Museu, do Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo (CIAAR) e do conjunto das equipas articuladas no Grupo de Quaternário e Pré-História do Centro de Geociências (FCT), na Europa (Portugal, Espanha, Itália, Grécia), América do Sul (Brasil, Colômbia) e África (Senegal, Angola).



Leia mais: http://www.arqueomacao.tv



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A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO

Um das bandeiras de luta do CBA a regulamentação da profissão está em tramitação no Congresso

Nacional através do Projeto de Lei 922.

Um abaixo assinado virtual lançado pela doutora Catherine Beltrão no site do CBA já conta com mais de

500 assinaturas. O abaixo assinado será enviado ao Deputado Federal relator do PL de regulamentação da profissão arqueólogo.

A categoria espera ansiosa pelo final dessa novela. O CBA está fazendo todo o esforço no sentido de agilizar o procedimento desde a aprovação no Congresso até a assinatura presidencial.

Para quem desejar mais informações basta acessar o site:

www.cbarqueol.org.br






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SOCIEDADE PARAIBANA DE ARQUEOLOGIA - SPA



O Boletim Informativo da SPA, de publicação mensal, reúne artigos e textos sobre as ações arqueológicas ocorridas durante o mês em toda a Paraíba. Ele possui uma grande importância documental, registrando eventos, ações e pesquisas desde a criação da SPA, em dezembro de 2006. Por este motivo, o público leitor desta publicação é vasto, indo desde aficionados por arqueologia geral e da Paraíba, até profissionais da área, que em grande medida podem compreender como os testemunhos arqueológicos pré-históricos são distribuídos no Estado da Paraíba, a partir de seus achados, já que apenas nos últimos anos é que a arqueologia paraibana tem sido objeto de estudo.



Acessem os Boletins 01 a 38 pelo site do Museu de História Natural da Universidade Estadual da Paraíba.


O Museu de História Natural da UEPB foi criado para ser um espaço interativo e permanente de produção, divulgação e popularização do conhecimento. É objetivo do MHN apresentar para a comunidade o acervo arqueológico, paleontológico, faunístico, florístico, espeleológico e geológico da região de Campina Grande e região, bem como pesquisar sobre as evidências da cultura material, como também o material faunístico, florístico, geológico e fossilífero do estado da Paraíba.
Seções do MHN: arqueologia, paleontologia, espeleologia, geologia, fauna e flora.



Endereço da SPA - Largo do Açude Novo, Centro, Campina Grande-PB.




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MUSEU DE ARQUEOLOGIA SUBAQUÁTICO



Após a descoberta de vestígios de um naufrágio na praia dos Ingleses, em Florianópolis/Santa Catarina, um grupo de mergulhadores preocupados com os saques nos sítios arqueológicos submersos da costa brasileira, decidiu formar uma ONG com o objetivo de pesquisar, resgatar e preservar tais locais. Assim, um projeto pioneiro no Brasil foi criado, recebendo apoio do Governo do Estado de Santa Catarina em março de 2004, quando foi inaugurada a base de operações e Centro de Visitação PAS na praia dos Ingleses, possibilitando que o público tenha um contato direto com os trabalhos de pesquisa desta embarcação soçobrada próxima a praia.



Os bens culturais que compõem o núcleo inicial do museu são oriundos do resgate arqueológico de uma embarcação provavelmente espanhola, soçobrada entre o final do século XVII e o início do século XVIII, na praia dos Ingleses, canto direito (Costão Sul), na cidade de Florianópolis, Santa Catarina.



Em 1989, objetos de cerâmica semi-enterrados no leito marinho foram localizados por Alexandre Viana na Praia dos Ingleses, enquanto praticava pesca submarina. Mais tarde, estes objetos foram identificados como sendo “botijas peruleiras” de origem espanhola. Assim, surgiram os indícios que apontavam para a existência do naufrágio de uma embarcação procedente da Europa.



Em 2001, os pesquisadores Alexandre Viana, Marcelo Lebarbenchon Moura e Narbal de Souza Corrêa iniciaram estudos para realizar a exploração deste sítio arqueológico.



Com a autorização da Marinha do Brasil, começaram as buscas no sítio através de técnicas arqueológicas. Desde então, os trabalhos têm sido reconhecidos como o melhor da área no Brasil, inclusive por técnicos da própria Marinha.



LOCALIZAÇÃO:



No canto direito da praia dos Ingleses, na Marina.



Horários de funcionamento:
de Segunda a Sexta - de 10:00 até 17:00 horas
Fecha para almoço: 12h às 14h.
Sábado abre das 10h às 12h



CRÉDITOS:

http://www.pdic.com.br/pdic2005/letreiro/dn_114.asp






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DIA NACIONAL DO ARQUEÓLOGO.

DIA 26 DE JULHO.

Agora a data pode ser comemorada com mais intensidade. Depois de aprovada pelos governos do Estado do Rio de Janeiro e do município da capital do estado, o governo federal instituiu o Dia Nacional do Arqueólogo a ser comemorado anualmente no dia 26 de julho, data em que a lei de proteção aos sítios arqueológicos foi sancionada em 1961.Uma das bandeiras de luta do CBA finalmente vitoriosa em toda a plenitude. Neste ano as comemorações serão intensas com palestras e visitas tecnicas, além de um passeio pela baía da Guanabara proporcionado pela Marinha do Brasil e coordenado pelo vice-presidente Luiz Octavio Cunha.



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NOVO SÍTIO DESCOBERTO EM ITAGUAÍ-RJ

Durante o I Simpósio sobre a Baia de Sepetiba realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro entre 16 e 18 de junho do corrente ano a equipe da professora Carelli da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro revelou ter sido encontrado um novo sítio com idade aproximada de 4.000 anos a.p. segundo a datação por carbono-14. O sítio com características de sambaqui apresenta restos de moluscos e ossos de animais diversos



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CENTRO BRASILEIRO DE ARQUEOLOGIA

Fundado em 21 de novembro de 1961, o Centro Brasileiro de Arqueologia tem por objetivos congregar estudiosos em Arqueologia, Pré-história e Ciências afins que pretendam desenvolver seus conhecimentos nas mencionadas áreas; promover a realização de cursos especializados referentes aos diversos campos da Arqueologia e Ciências Correlatas, principalmente com relação à Antropologia Biocultural, Ecologia Humana, Paleoecologia Humana e ao Meio Ambiente; realizar estudos, debates, seminários, projetos culturais, encontros etc., nos campos de ensino e pesquisa mencionados, visando realizar levantamentos e pesquisas arqueológicas devidamente autorizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN em conformidade com a Lei Federal 3924 de 26 de julho de 1961.

Endereço: Rua Marechal Deodoro, 351 – parte – Niterói/RJ - CEP 24.030-060.

(instalações do DRM-RJ)

Plantão semanal-terça-feira de 10h às 16h

Reuniões de diretoria: 21 de setembro, 19 de outubro, 23 de novembro e 21 de dezembro - de 10h até 12h

Site: www.cbarqueol.org.br
E-mail: cba@cbarqueol.org.br

Datas comemorativas do CBA:

26 de julho: dia do arqueólogo e 21 de novembro: aniversário do CBA

MEMBROS DA DIRETORIA (Eleita para o triênio 2009 / 2012):

DIRETORIA EXECUTIVA

PRESIDENTE: Juan Álvaro Christian Barrientos Navarro
VICE-PRESIDENTE: Luiz Octávio de Castro Cunha
1º SECRETÁRIO: Benedicto Humberto Rodrigues Francisco
2º SECRETÁRIA: Catherine Blin de Arruda Nóbrega Beltrão
1ª TESOUREIRA: Maria Tinoco Plata
2ª TESOUREIRA: Dezi Tinoco Gaertner

DIRETOR DE PESQUISA: Jorge Belizário de Medeiros Maria
DIRETORA DE ENSINO: Vanessa Maria da Costa Rodrigues Francisco



CONSELHO FISCAL

Efetivos
Julio Cezar Vaz da Silva, Cláudia de Carvalho Falci Bezerra e Marlene de Carvalho Falci Bezerra

Suplentes
João Carlos de Oliveira Gomes e Vitor Manuel Rodrigues do Nascimento



CONSELHO CONSULTIVO

Giselle Manes da Silva, Rondon Mamede Fatá, Vera Lúcia Lopes de Medeiros Maria, Ana Maria do Nascimento Veltri, Viviane Maria da Costa Rodrigues Francisco e Thais Galvão da Silva


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IMPORTANTE - SE NÃO DESEJAR MAIS RECEBER ESSE BOLETIM, FAVOR INFORMAR AO CBA. secretario1@cbarqueol.org.br




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